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Orquestra Sesiminas faz espetáculo em Patos de Minas, no Renascer Natalino

O concerto foi resultado de parceria entre o Sesi e a FIEMG Alto Paranaíba

A chuva deu uma trégua na noite de ontem, o que possibilitou a apresentação da Orquestra Sesiminas. Meia hora antes do horário previsto para o espetáculo, os integrantes da Orquestra sob a regência do maestro Felipe Magalhães subiram ao palco, para a passagem de som e, em seguida, iniciaram o show. Centenas de pessoas acompanharam o concerto, na praça do antigo Fórum, na avenida Getúlio Vargas. A vice presidente da FIEMG – Regional Alto Paranaíba, Teresinha Martins assistiu todo o espetáculo e ficou admirada com a disponibilidade da Orquestra em se apresentar, apesar do tempo chuvoso. “Foi um show emocionante”, comentou.

O espetáculo foi dividido em 4 partes. A primeira trouxe uma homenagem a quatro dos maiores gênios da música brasileira: Zequinha de Abreu, com Tico-Tico no Fubá, Pixinguinha, com Carinhoso e, finalmente, Luiz Gonzaga e Sivuca, num arranjo de Leonardo Cunha.

Na segunda parte, a orquestra apresentou canções dos Beatles, em arranjos instrumentais que deram uma nova roupagem a músicas como Eleanor Rigby, Hey Jude e Lady Madonna. A célebre Yesterday foi executada com um solo de violino de Elias Barros, o spalla da Orquestra e a música Martha my Dear contou com o violino solo de Henrique Rocha, que integra o naipe dos primeiros violinos do grupo.

A terceira parte foi consagrada a trilhas de filmes. A Forest Gump Suíte foi arranjada especialmente para a Orquestra por Fred Natalino. A Dança Húngara nº 5, de J. Brahms, fez parte do filme “De Olhos bem Fechados”, de Stanley Kubrick. O gênio das trilhas de filmes italianas, Ennio Morricone, esteve presente com o tema de Era uma vez na América. E a divertida Pantera cor de Rosa, de Henri Mancini, fechou a terceira parte do concerto.

Na quarta parte, foram executadas músicas que remetem à alegria do Natal. Plink, Plank, Plunk, de Leroy Anderson, trouxe uma brincadeira com a técnica dos pizzicatos (que consiste em pinçar as cordas com os dedos, sem a utilização do arco). Seguiram-se as músicas O Andante Festivo, do finlandês Jean Sibelius e a consagrada Jesus Alegria dos Homens, que é o coro final da Cantata Nº 147 do alemão Johann Sebastian Bach. Após mais de uma hora de apresentação, o concerto encerrou-se com: Boas Festas, de Assis Valente e Christmas Festival, um brilhante pôt-pourri de temas natalinos composto pelo americano Leroy Anderson.

ORQUESTRA SESIMINAS
Por iniciativa pioneira de Nansen Araújo, presidente da FIEMG à época, nasceu em 1986, a Orquestra de Câmara SESIMINAS, com o objetivo maior de garantir ao trabalhador da indústria mineira e a seus dependentes o acesso à música orquestral de qualidade. Sob a direção artística do Maestro Marco Antônio Maia Drumond, a Orquestra sempre prezou, desde o início, pela qualidade técnica de seus músicos. Junto a essa preocupação técnica, empreendeu-se um incansável trabalho de formação de público dentro de indústrias e escolas, através de concertos de caráter didático e concertos comentados, com uma escolha de repertório cuidadosamente feita no sentido de aproximar o público à música orquestral de câmara.

Durante mais de 35 anos de história, a Orquestra SESIMINAS já conta com mais de 1.100 concertos, realizados em pátios de fábrica, canteiros de obras, espaços públicos, hospitais, escolas, além das melhores salas de concerto da capital e de todo o Estado de Minas Gerais.

O alto nível técnico, aliado à preocupação na aproximação com o público, fizeram da Orquestra um dos grupos mais versáteis do país, atuando de maneira efetiva tanto no âmbito da música erudita, quanto popular. A excelência e seriedade profissional do grupo, sempre comandado pelo Maestro Marco Antônio Maia Drumond, foram ressaltadas pelo maestro Edino Krieger, os violinistas Cláudio Cruz e Paulo Bosísio, o violoncelista Antonio Meneses e o pianista Nelson Freire. O sucesso e o respeito conquistados no âmbito da música erudita levaram à criação, em 2016, da Série de Concertos Sempre às Quartas. Por ela, passaram os mais renomados músicos brasileiros, como Antônio Meneses, Arthur Moreira Lima, duo Assad, João Carlos Martins entre outros. Também não faltaram estrelas internacionais como o harpista Sacha Boldachev e o saxofonista Sergey Kolosov (ambos russos) o pianista ítalo-francês Gabriel Gorog, o regente polonês Jaroslaw Lipke e o Trio coreano Kim.

No campo popular, a Orquestra Sesiminas atuou ao lado de Milton Nascimento, Diogo Nogueira, Vander Lee, Maria Gadu, Skank, Jota Quest, Mônica Salmaso entre outros. Participou de turnês nas principais cidades do Estado com Flávio Venturine e as bandas Skank e Jota Quest. A Orquestra tem quatro álbuns gravados: Aquarelas (1996), Sortilégios da Lua (1999), Alma Brasileira (2004) e Orquestra de Câmara SESIMINAS e Jota Quest ao vivo (2015). Por essa longa trajetória de sucesso, a Orquestra SESIMINAS é hoje o mais tradicional grupo orquestral de câmara de Minas Gerais, e um dos mais importantes e respeitados do país, sempre aliando versatilidade a excelência artística.

Desde 2020, a Orquestra SESIMINAS tem a regência titular e direção artística de Felipe Magalhães.

FELIPE MAGALHÃES – maestro
Felipe Magalhães iniciou seus estudos de piano aos 9 anos de idade, na Fundação de Educação Artística, em Belo Horizonte. Lá estudou também percepção musical, solfejo e contraponto. Em 2008, graduou-se bacharel em regência pela Universidade Federal de Minas Gerais. Em 2009, transferiu-se para a França, onde obteve, em 2011, o “Diploma Superior de Regência Orquestral” da École Normale de Musique de Paris, sob direção de Dominique Rouits e Julien Masmondet. Foi agraciado com a bolsa de estudos do Centre International Nadia et Lili Boulanger, instituição francesa que ajuda estudantes, em música, estrangeiros que se destacam no país. Em seguida, iniciou mestrado em musicologia pela Université Sorbonne Paris IV, obtendo o diploma em 2013 com a menção máxima: “très bien”. Felipe Magalhães foi regente titular do Coral da Escola de Belas Artes da UFMG, do Coral Vozes do Campus e dos Corais Juvenil e Adulto do Instituto Cultural Inhotim, entre outros. Atualmente, Felipe Magalhães é diretor artístico e regente titular da Orquestra Sesiminas, do Madrigal Renascentista e do Coral Acordos e Acordes.

Fonte fhiemg

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